terça-feira, 16 de setembro de 2014

Cia Nu Escuro apresenta dois espetáculos gratuitos nesta semana em Natal





Pela primeira vez em Natal, o grupo de teatro Cia Nu Escuro, de Goiás (GO), que este ano completa 18 anos de estrada, traz ao público potiguar dois de seus principais espetáculos, Gato Negro e Plural, que serão apresentados gratuitamente nos dias 18, 19 e 20 de setembro, na Praça Augusto Severo e no Teatro Alberto Maranhão, respectivamente.

Com obras singulares e autênticas, a programação faz parte da turnê nacional da trupe, patrocinada pela Petrobras, e é uma das companhias que mais ganham notoriedade no cenário nacional do Teatro de Grupo, tendo passado, nos últimos meses, pelos Estados de Minas Gerais, Rondônia, Rio Grande do Sul, Maranhão e Pará.

A trupe, que já tem 14 espetáculos montados, foi fundada por alunos remanescentes da antiga Escola Técnica Federal de Goiás, em 1996, e é uma das principais representantes das artes cênicas produzidas na região Centro-Oeste do Brasil, parte de suas obras são construídas sobre textos autorais, desenvolvendo uma linguagem própria ao longo dos anos.

Os espetáculos têm um misto de atuação, com música ao vivo, teatro de bonecos e fantoches, incrementados de danças populares e de salão, além de utilizarem traquitanas cenográficas que criam um universo particular com cenários, figurinos e maquiagens cheios de riquezas nos detalhes.

Serviço:

Espetáculo GATO NEGRO - Cia de Teatro Nu Escuro (Goiás)

Data: 18 de setembro (quinta-feira)
Horário: 17h30
Local: Praça Augusto Severo
Ingressos: Espetáculo de rua - ENTRADA GRATUITA

Espetáculo PLURAL - Cia de Teatro Nu Escuro (Goiás)

Datas: 19 e 20 de setembro (sexta e sábado)
Horários: Sexta-feira – 15h e 20h
                Sábado – 20h
Local: Teatro Alberto Maranhão
Ingressos: ENTRADA GRATUITA

Os espetáculos:

Gato Negro (2013), dirigido por Hélio Fróes, é o último trabalho estreado pela Cia Nu Escuro e a segunda peça da trilogia que começou com Plural, em 2012.  Inspirado em mitos populares do imaginário latino-americano, conta a história de três mulheres que vivem, no início do século XX, em uma fazenda isolada do interior do país, e que esperam um cavalheiro que as despose. Durante a espera elas recebem a visita de uma estranha criatura, meio homem e meio gato, que altera a rotina de suas vidas. A encenação acontece em ambientes abertos e na rua, e mostra a versatilidade da linguagem teatral desenvolvida pelo grupo, que busca na música ao vivo e nos passos coreográficos a perfeita tradução de um mundo fantástico, povoado por mitos e monstros.

Plural, com direção de Izabela Nascente, teve sua estreia em 2012, e conta histórias de mulheres que tiveram seus cotidianos familiares alterados pela necessidade de migração da zona rural para a zona urbana. Uma migração que aconteceu também no íntimo de cada uma das personagens, que saem do aconchego do lar para a frieza do mundo além dos portões de casa. Nesta montagem os personagens são feitos de pano, tricô e crochê, e contracenam com os atores, em instantes que misturam cantigas populares e cirandas. O espetáculo parte das histórias contadas pelas mães de três dos integrantes do grupo, e as vozes das matriarcas também estão em cena. Uma trama sempre tensionada entre o drama e a poesia, o trágico e o humor.

A trilogia terminará próximo ano, com a peça O Iconógrafo, direção de Lázaro Tuim.

G7 Comunicação 
Gustavo Farache 

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